Rodrigo Ferreira da Silva, em prol da ARAN, marca presença em mais uma edição da SocTalks

Rodrigo Ferreira da Silva, em prol da ARAN, marca presença em mais uma edição da SocTalks

A Soc. Com. C. Santos, promoveu mais uma edição da SocTalks no passado dia 13 de outubro. Desta vez, no Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, que decorreu entre os dias 13 e 15 de outubro, na Alfândega do Porto.

 

 

O Presidente da ARAN, Rodrigo Ferreira da Silva, foi um dos convidados da mesa redonda que reuniu alguns especialistas do setor da mobilidade. O tema desta SocTalks "Impacto da Eletrificação no Automóvel e na Mobilidade", foi a base para uma troca de ideias elucidantes acerca da realidade e futuro destes setores, visto que, e segundo o moderador, os veículos eletrificados constituem, neste momento, cerca de 60% do mercado e a tendência aponta para que mais pessoas adotem este tipo de veículos enquanto seu meio de transporte. Naturalmente, esta transição constitui alguns constrangimentos, tanto para empresas como para particulares, sendo importante expor estes desafios com vista a se pensar em soluções.

Rodrigo Ferreira da Silva, em representatividade do setor automóvel nesta iniciativa, abordou o impacto social que a eletrificação tem nas empresas deste setor, afirmando que este é "grande, transversal e que se dá a diferentes níveis", começando pelo nível da distribuição. Neste caso em particular, deu como exemplo a escolha de modelos de negócios para entrada no mercado por parte de marcas full eletric, salientando que, na maior parte das vezes, é feita através de vendas diretas ao invés do modelo tradicional de distribuição automóvel, notadamente, por meio de concessionários e importadores.
Declara, também, que a própria venda em si, é também diferente, na medida em que, certas marcas, não optarão em negociar o preço com um cliente que visite o seu espaço, mas sim em vender o veículo a um preço fixo. No que diz respeito, por sua vez, ao após-venda, o Presidente da Aran acredita que ainda é cedo para se medir, no seu todo, o impacto. Defende que será sentido e que mudará a prestação de serviços após-venda, bem como a estrutura das empresas do setor automóvel, pois estas terão desafios a enfrentar em termos de rentabilidade. Mas que, por enquanto, o parque automóvel português é caracterizado pela existência de muitas viaturas a combustão, ou seja, esta transição da manutenção de veículos com estas características para a manutenção de veículos eletrificados ainda demorará e que, claramente, a manutenção de um veículo eletrificado é substancialmente diferente da manutenção de um veículo a combustão.

Nesta sessão, importantes conclusões foram retiradas, particularmente, a mobilidade será tão mais eficiente e sustentável, quanto mais complementares forem os transportes público e privado.
Relativamente a esta afirmação, Rodrigo Ferreira da Silva salienta que a mobilidade "pode ser mais complementar quanto maior for a oferta de qualidade e fiabilidade do transporte público". "Todas as estratégias devem procurar essa complementaridade. Com certeza que ao longo dos próximos anos, o crescimento das populações urbanas irá levar a que a necessidade de se ter um automóvel seja menor", refere.

Acrescenta que "com grande parte das pessoas a viverem em apartamentos, a questão do carregamento é essencial". Nas palavras do Presidente, há que esperar pelas políticas das cidades quanto à entrada de automóveis em perímetro urbano, contudo, volta a frisar que a relação entre os transportes públicos e privados não têm de ser antagónicos, mas acima de tudo, complementares. Para tal, é importante investir na renovação do parque de pesados de passageiros, com vista a oferecer melhores condições em termos de transporte público.

Poderá visualizar a SocTalks na íntegra no seguinte linkhttps://bit.ly/46b9DRF